Com o aumento da cotação do barril de petróleo nesta segunda-feira (7), que ultrapassou US$ 130 logo na abertura dos mercados, os preços da gasolina e do gás impactaram o bolso de consumidores em todo o mundo.
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Diante do risco de proibição da importação por Estados Unidos e da Europa ao produto russo, como mais uma retaliação a Moscou diante da invasão da Ucrânia, há o temor de que as cifras se tornem ainda mais altas.
O salto no preço da commodity aumenta a pressão sobre governos do mundo inteiro que, desde o ano passado, antes mesmo do início do conflito, já buscavam maneiras de amenizar o impacto da alta do petróleo em suas economias.
Nos Estados Unidos, os preços médios da gasolina comum chegaram a US$ 4,009 por galão já neste domingo, o que representa alta de 11% em relação aos US$ 3,604 de uma semana atrás e de 45% em relação aos US$ 2,760 de um ano atrás. O valor chegou ao maior patamar desde 2008, de acordo com a Associação Automobilística Americana (AAA).
O preço médio da gasolina nos EUA saltou acima de US$ 4 o galão pela primeira vez desde 2008, em um sinal claro da inflação de energia que prejudicou os consumidores desde que a Rússia invadiu a Ucrânia.
Os preços das bombas saltaram 41 centavos de dólar na semana passada, disse Patrick DeHaan, chefe de análise de petróleo da GasBuddy LLC, à Bloomberg. O aumento nos custos de combustível pode adicionar 1,3 a 1,5 pontos percentuais aos números de inflação do ano inteiro nos EUA, de acordo com a Inflation Insights LLC.
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"À medida que a guerra da Rússia contra a Ucrânia continua a evoluir e nos aproximamos de uma temporada em que os preços do gás normalmente aumentam, os americanos devem se preparar para pagar mais pelo gás do que nunca", disse DeHaan. "Comprar e pagar de forma inteligente na bomba será fundamental até o verão".
Os preços das bombas provavelmente terão um novo recorde nos próximos dias e podem subir mais de US$ 4,25 por galão até o Memorial Day, disse DeHaan.
Em Portugal, a alta nos preços do combustível levou a população a fazer fila nos postos de gasolina, após a décima semana seguida de reajuste de preços no país. Com as subidas de 14,5 cêntimos de euro no diesel e € 0,85 na gasolina, os preços por litro chegam a €1,90 (R$ 10) e €1,88, respectivamente, maior valor desde 2012.
Na Espanha, o valor do combustível por litro está chegando a dois euros nas bombas. O impacto da alta do gás sente-se, sobretudo, na electricidade, que nesta segunda, foi fixado em 442 euros por megawatt-hora (MWh), o mais alto da história, com alguns picos horários superiores a 500 euros.
Nos grandes países europeus, o valor ultrapassa 320 euros por MWh. Estima-se que, nesta terça-feira, ele seja maior que 500 euros na Espanha, França e Itália, e chegue próximo a esse valor na Alemanha.
Os contratos com entrega em abril estão cotados acima de 320 euros/MWh, o que é 22 vezes mais (+2.300%) do que o que foi pago pelo mesmo gás há apenas doze meses.
No México, a gasolina, importada do Texas, nos EUA, onde o preço médio foi de 17,30 pesos (US$ 0,82) por litro neste fim de semana, o preço médio da gasolina Magna, que é o mais próximo da gasolina comum, chegou a 21,11 (US$ 1) pesos por litro.