Petrobras
Felipe Moreno
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar a política de preços da Petrobras nesta terça-feira (1) em vídeo publicado no seu Instagram. Segundo o petista, a estatal não tem motivo para internacionalizar o preço dos combustíveis a não ser remunerar acionistas privados. 

“Não existe nenhuma razão técnica, política ou econômica para que a Petrobras tenha tomado a decisão de internacionalizar o preço do combustível, a não ser para atender aos interesses dos acionistas, sobretudo os acionistas de Nova York“, disse Lula. 

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Desde outubro de 2016, quando o PT saiu da presidência, a Petrobras adota a política de Preços de Paridade de Importação (PPI), que vincula o preço dos derivados de petróleo ao mercado internacional. Após cinco anos da mudança, o combustível no Brasil concentra a maior alta da história, superando a inflação em mais de 30%.

“Eu fui presidente por 8 anos e a gente manteve o preço da gasolina, do óleo diesel, do gás de cozinha no padrão da moeda brasileira“, disse Lula. 

A estatal alega que a medida é necessária para manter-se competitiva no mercado e evitar desabastecimento. 

O ex-presidente criticou os dividendos pagos pega empresa, que devem ser de R$ 37,3 bilhões, além de outros R$ 53,8 bilhões em tributos federais relativos ao ano de 2021.

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A Petrobras registrou no ano passado um lucro líquido de R$ 106,668 bilhões . É o maior de sua história e superior ao ganho de R$ 7,10 bilhões obtido no ano passado. Mesmo assim, não deve usar parte do superavit para conter a elevação no preço dos combustíveis. 

“O que vai se pagar de dividendos… uns falam em R$ 65 bilhões, outros falam em R$ 100 bilhões, outros falam em 80 bilhões. Ou seja, é uma quantidade de dinheiro. Uma parte desse dinheiro poderia ser investido no Brasil“, afirmou Lula. 

Em 2021, a Petrobras fez 16 reajustes no preço da gasolina (dos quais, 5 foram reduções) e 12 no diesel (sendo 3 reduções). A gasolina fechou o ano com alta acumulada de 68,6% e o diesel, 64,7%. Os dados se referem aos preços de venda dos combustíveis puros, nas refinarias.

Em 2022, no entanto, apesar da crise provocada entre Rússia e Ucrânia , a queda do dólar permitiu com que apenas um reajuste fosse feito no ano, no dia 12 de janeiro. O aumento médio nas refinarias foi de R$ 0,15 por litro na gasolina e de R$ 0,27 no diesel, correspondendo, respectivamente, a altas de 4,8% e de 8%.

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