Trigo
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O trigo atingiu nesta terça-feira (1) o maior valor em 14 anos, cotado a US$ 9,79-1/2 por bushel na Bolsa de Grãos de Chicago, registrando alta de 4,9%. Essa é mais uma das consequências da guerra entre Rússia e Ucrânia, que chega ao sexto dia.

Comerciantes estocam o produto temendo uma interrupção prolongada no fornecimento global após a invasão, fazendo o preço subir. 

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A Rússia e a Ucrânia juntas respondem por cerca de 30% das exportações mundiais de trigo. A Rússia ocupa a liderança mundial na exportação de trigo, e a Ucrânia está em quarto lugar. 

No mercado Euronext, o trigo em maio valorizou 6,7% para € 336,75 (US$ 376,28) a tonelada. O contrato de março menos ativo, que expira na próxima semana, estabeleceu um recorde histórico para a Euronext em € 347,50, informa a agência Reuters.

O Brasil importa cerca de 6 a 7 milhões de toneladas de trigo por ano, o que corresponde a 50% do consumo.

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Nesse contexto, as margens da indústria devem se reduzir já que os preços da farinha não conseguem acompanhar o ritmo de alta da cotação do trigo.

Enquanto a cotação do cereal em janeiro deste ano subiu 84,6% frente ao mesmo mês do ano passado, o preço da farinha de trigo no Brasil, no mesmo mês, foi corrigido em 59%.

Uma das saídas que a indústria vem utilizando é a redução do tamanho da embalagem dos produtos. Outro ponto de preocupação é que o trigo é substituto do milho na ração animal. Nas exportações globais de milho, os ucranianos ocupam a terceira posição, enquanto os russos estão em sexto lugar.

Há risco de o preço do milho subir ainda mais no mercado internacional. Além disso, a Rússia é importante fornecedor de fertilizantes ao Brasil, fluxo que também pode ter problemas.


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