As primeiras negociações com petróleo e moedas nos mercados asiáticos na manhã desta segunda-feira (28) foram de forte alta da commodity, valorização do dólar frente às principais divisas e quedas nas Bolsas, após as sanções impostas à Rússia.
O barril do petróleo tipo Brent, referência no mercado internacional, chegou a subir mais de 7% e voltou a ultrapassar a marca de US$ 100. Por volta de 22h (horário de Brasília), havia perdido um pouco fôlego, mas se mantinha acima daquele patamar: o barril era cotado a US$ 101, 81, alta de 3,96%.
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O óleo leve americano (WTI) também chegou a subir mais de 7%. Mas cedeu um pouco e era cotado a US$ 95,8, alta de 4,09%.
As Bolsas asiáticas abriram em queda. Em Tóquio, o mercado caía 0,08% por volta das 22h (horário de Brasília). Em Hong Kong, a queda era de 0,59%.
No mercado futuro americano, a Bolsa de tecnologia Nasdaq e o S&P caíam mais de 2%.
O mercado de commodities metálicas e agrícolas também deve sofrer um duro golpe por causa das sanções à Rússia. A produção e o comércio de grãos, como trigo e milho, já estavam ameaçados com a invasão do território ucraniano, porque Rússia e Ucrânia são grandes exportadores globais desses alimentos.
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Há um temor de que o conflito impeça o plantio na Ucrânia, o que deve ocorrer no fim do inverno, e dificulte o embarque de grãos.
Agora, também o financiamento à comercialização de commodities está ameaçado. Os bancos europeus Société Générale, Credit Suisse, ING e Rabobank, muito atuantes neste mercado, já pararam de financiar as comercializadoras de petróleo e metal da Rússia.
E pelo menos dois grandes bancos estatais chineses estão restringindo o financiamento em dólar de importações de commodities russas, o Bank of China e o Industrial & Commercial Bank of China.
Letras de crédito denominadas em yuan seguem disponíveis, mas apenas caso a caso e mediante aprovação do comando das instituições.