Vladimir Putin
Luciano Rocha
Vladimir Putin

 As empresas russas sentiram nesta quinta-feira (24) o peso da decisão do presidente Putin de iniciar uma guerra com bombardeio e invasão da Ucrânia. A Bolsa de Moscou fechou com baixa de 33,2% com os investidores fugindo das ações russas em meio a sanções econômicas 'devastadoras' anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e outras autoridades de potências ocidentais.

Além da fuga de investidores da Bolsa, a ação de Putin na Ucrânia provocou protestos contra a guerra realizados em ruas de Moscou e várias cidades do país. Resultado: até agora, mais de 1.400 manifestantes foram detidos pelas autoridades policiais russas.

Além da enorme queda da Bolsa de Moscou, desabaram outros mercados de ações de países da região que sofrem influência direta das políticas de Putin. A Bolsa da Hungria caiu 9,76%. Na Polônia, a queda das ações foi de 10,8%.

Em discurso, o presidente americano foi claro sobre o tamanho da  pressão sobre a economia e empresas russas:

"Temos um trilhão de bens congelados, um terço dos bancos russos serão cortados do sistema financeiro. Vamos limitar a capacidade da Rússia de fazer negócios envolvendo dólares, euros, libras e ienes."

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O presidente americano anunciou a proibição de exportações de tecnologia, a limitação de transações do governo russo em moedas estrangeiras e o bloqueio dos ativos dos quatro grandes bancos russos, incluindo o VTB, um dos maiores bancos da Rússia. Todas as instituições somam US$ 1 trilhão em ativos. Com isso, os bancos não vão poder fazer negócios com empresas americanas e terão seu patrimônio nos Estados Unidos congelado.

Uma das medidas mais duras contra Moscou pode ser excluir o país do sistema Swift, a Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais – a maior rede de pagamentos internacionais do mundo e o principal mecanismo de transações do comércio internacional.

Putin afirmou que a Rússia está preparada para enfrentar as sanções dos EUA e de outras potencias ocidentais. E é bom lembrar que a China anunciou, recentemente, apoio sem limites ao país. Resta saber se o presidente conseguirá manter o apoio do empresariado russo à sua liderança, e se o efeito negativo das restrições sobre a economia aumentará o descontentamento popular contra seu governo.


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