Dívida pública volta a cair e encerra janeiro em 79,6% do PIB
Redação 1Bilhão
Dívida pública volta a cair e encerra janeiro em 79,6% do PIB

Pelo terceiro mês consecutivo, a dívida pública caiu em relação ao PIB. De acordo com o Banco Central (BC), a dívida ficou em 79,6% do PIB em janeiro. É a primeira vez que o indicador fica abaixo do patamar de 80% desde abril de 2020.

Entre no  canal do Brasil Econômico no Telegram e fique por dentro de todas as notícias do dia

O resultado divulgado nesta sexta-feira (25) mostra uma continuidade na trajetória de queda da relação dívida/PIB que começou em fevereiro do ano passado, quando estava em 89%. O principal fator foi o crescimento do PIB nominal, ou seja, sem descontar a inflação no período.

O efeito da variação do PIB e os resgates da dívida foram os fatores que mais contribuíram para a queda. Já a alta nos juros teve um efeito altista.

Como o PIB é denominador da relação com a dívida, quando ele aumenta, o resultado é a queda do indicador.

O PIB de 2021 avançou porque a atividade econômica demonstrou uma recuperação em relação ao primeiro ano da pandemia. Além disso, a inflação acima dos 10% contribui para aumentar o chamado PIB nominal.

Leia Também

A Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão ligado ao Senado, projeta que a dívida volte a crescer este ano e encerre 2022 em 84,8% do PIB. Segundo a instituição, essa alta será impulsionada pelo aumento na conta de juros, em razão do aumento da Selic, e uma piora no resultado primário.

O indicador é acompanhado de perto pelo mercado porque mede a capacidade do país de pagar suas dívidas. O número engloba o resultado do governo federal, o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e os governos estaduais e municipais.

Superávit recorde

O resultado do setor público consolidado em janeiro  foi de superávit de R$ 101,8 bilhões, o maior de toda a série histórica iniciada em dezembro de 2001. O resultado é bem superior aos R$ 58,5 bilhões de janeiro do ano passado.

Segundo o BC, houve superávit nas três áreas consideradas, de R$ 77,4 bilhões no governo central, R$ 20 bilhões nos governos regionais e R$ 4,4 bilhões nas estatais.

Na quinta-feira, o Tesouro Nacional já mostrava que o resultado das contas do governo tinham sido o melhor da série histórica do Tesouro, iniciada em 1997.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!