As contas do governo começaram o ano de 2022 no azul, com um superávit primário de R$ 76,5 bilhões, de acordo com o Tesouro Nacional. O número representa um avanço de 59,4% ante o resultado obtido em janeiro de 2021, já descontada a inflação, e é o melhor número da série histórica, que começou em 1997.
O Tesouro reforçou que o resultado veio melhor do que a mediana das expectativas de mercado, que indicavam saldo positivo de R$ 44 bilhões, de acordo com a pesquisa Prisma Fiscal.
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A meta fiscal do governo para este ano de 2022, fixada na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), é de um déficit de R$ 170,5 bilhões. Esses dados se referem ao que é chamado de governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) e considera a diferença entre as despesas e a arrecadação federal, sem levar em conta o pagamento dos juros da dívida pública.
De acordo com o Tesouro, o resultado de janeiro é fruto do aumento real da receita líquida de 18,2%, com destaque para o avanço da arrecadação – a Receita Federal registrou recorde na arrecadação de tributos federais no mês de janeiro.
As despesas totais também cresceram 2,2%. O Tesouro diz que isso ocorreu pelo pagamento de benefícios do Auxílio Brasil, que somaram R$ 7,2 bilhões no mês. Em contrapartida, houve redução real de R$ 2 bilhões nos gastos com pessoal e encargos sociais.