Servidores do Banco Central fazem uma paralisação nesta quinta-feira (24), entre as 14 e as 18 horas, por reajuste salarial. A mobilização foi mantida mesmo após reunião com o presidente da instituição, Roberto Campos Neto,
na semana passada.
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O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) afirma que, apesar dos avanços, o impasse nas negociações sobre reajuste salarial está no âmbito do governo federal, que ainda não teria respondido às demandas.
A categoria reclama do congelamento de salários nos últimos três anos e pede por um reajuste de 26,3%. Outra reinvidicação é a restruturação das carreiras de técnicos e analistas.
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A insatisfação dos servidores do BC tomou corpo após a aprovação do Orçamento 2022, que previu R$ 1,7 bilhão para reajustes ao funcionalismo. A quantia foi reservada após articulação do próprio presidente Jair Bolsonaro (PL), que havia prometido aumentos apenas para policiais federais, policiais rodoviários federais e agentes penitenciários.
Em janeiro, Bolsonaro sancionou o Orçamento, mantendo a reserva do dinheiro. O governo, porém, afirma que ainda não bateu o martelo sobre o tema. Agora, a avaliação é de usar esse montante para conceder um bônus-alimentação de R$ 400 a todos os servidores públicos.
A paralisação desta quinta foi aprovada em assembleia, com mais de 90% dos votos, segundo o Sinal. O sindicato diz que se as demandas não forem atendidas, uma greve por tempo indeterminado deve acontecer a partir do dia 9 de março.