Depois de reunião com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, servidores da pasta decidiram manter a paralisação prevista para a próxima quinta-feira, dia 24. No encontro, que ocorreu na tarde desta sexta-feira, foram informados que as demandas não salariais da categoria foram encaminhadas pela Diretoria do BC ao Ministério da Economia.
O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) afirma que, apesar dos avanços dentro da entidade, o impasse nas negociações sobre reajuste salarial da categoria está no âmbito do governo federal, que ainda não teria respondido às demandas.
O acordo sobre as pautas não salariais, como reconhecimento de atividades do Banco Central como exclusivas de Estado e aumento da escolaridade de técnico para pessoas com nível superior, representa uma das principais bandeiras do sindicato nacional. Eles afirmam, porém, que não há prazo para retorno por parte do Ministério da Economia.
"Uma vez que a Diretoria do BC já encaminhou a pauta não salarial ao ministro da Economia (Paulo Guedes), vamos ampliar o prazo de espera de uma resposta concreta do Governo até o dia 9/3", afirmou o Sinal, em nota.
Segundo eles, se as demandas não forem atendidas, uma nova manifestação deve ocorrer entre os dias 9 e 10 de março. Também estão mantidas as intenções de debater uma greve por tempo indeterminado a partir da segunda quizena de março, junto a uma netrega de cargos comissionados.