Presidente Jair Bolsonaro (PL)
Alan Santos/PR
Presidente Jair Bolsonaro (PL)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a defender o reajuste salarial de policiais federais nesta terça-feira (22), em conversa com apoiadores no cercadinho do Palácio do Alvorada. Segundo Bolsonaro, a categoria merece um aumento após as respostas dada à população por meio de operações contra o tráfico de drogas.

"Há interesse de a gente colocar vocês lá. O retorno que vocês dão para nós, apreendendo drogas, compensa o gasto com salários", disse.

No fim do ano passado, Bolsonaro pediu ao ministro da Economia, Paulo Guedes, uma reserva orçamentária para viabilizar o reajuste de policiais federais, rodoviários e agentes penitenciários. Embora tenha se oposto à medida, Guedes pediu ao Congresso Nacional quase R$ 3 bilhões para o reajuste.

O Congresso, no entanto, aprovou R$ 1,7 bilhão, proposta chancelada por Bolsonaro em janeiro. Após a sanção, categorias se mobilizaram para pedir aumento salarial ao governo federal, com destaque para pedidos de demissão da Receita Federal e as paralisações de servidores do Banco Central. Há ainda a possibilidade de greve geral em março, caso as partes não entrem em acordo.

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Na segunda-feira (21),  Jair Bolsonaro pediu compreensão das outras categorias ao destinar o reajuste apenas para profissionais da segurança pública.

"Temos que valorizá-los. Eu espero que a sociedade entenda que isso deve ser feito", afirmou.

A fala, entretanto, não foi bem recebida por outras categorias, que ainda negociam um acordo com o Ministério da Economia. Ainda na segunda, Bolsonaro cogitou um reajuste linear de R$ 400 para todos os servidores federais, o que deverá gerar custo de R$ 5 bilhões aos cofres da União.

Paulo Guedes já se posicionou contra a ideia nos bastidores. Para o ministro, o reajuste linear irá desconfigurar a previsão orçamentária para este ano e poderá aumentar a dívida do país.

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