O Brasil se comprometeu com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) a zerar, até 2029, a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) cobrado sobre transações com o exterior.
A medida inclui, inclusive, o uso de cartões de débito e crédito no exterior por brasileiros.
A medida faz parte das exigências do órgão multilateral. Nesta quarta-feira, os 38 países que integram o Conselho da entidade multilateral convidaram o Brasil a dar início ao processo formal de adesão ao bloco.
Na carta encaminhada à OCDE, o ministro da Economia, Paulo Guedes, se compromete a reduzir gradativamente, a partir do ano que vem, o IOF cobrado sobre transações com cartão de débito, crédito e cartões pré-pagos.
Hoje, a taxa é de 6,38%. Essa alíquota vai ser reduzida em um ponto percentual por ano a partir de 2023, até ser zerado em 2029.
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O Brasil também se compromete a zerar o IOF cobrado sobre a aquisição de moeda estrangeira em espécie no Brasil e taxas de câmbio relacionadas à transferência de fundos de residentes brasileiros para sua conta no exterior.
Hoje, essa cobrança é de 1,10%. Ela deve ser mantida até 2028, quando seria zerada.
O governo se comprometeu a zerar o IOF sobre todos os tipos de transação com moeda estrangeira completamente em 2029.
Além do Brasil, a adesão à OCDE inclui Argentina, Peru, Croácia, Bulgária e Romênia. Com isso, os candidatos poderão começar oficialmente o processo de adesão, que costuma demorar de três a quatro anos. Há a expectativa, no entanto, de que os trâmites do Brasil sejam mais céleres porque o país é o mais avançado entre os postulantes.