Na esteira da trajetória de alta da Selic
, os juros ao consumidor no sistema financeiro voltaram a subir no mês passado. Segundo números divulgados nesta terça-feira (28) pelo Banco Central, a taxa paga pelas pessoas físicas aumentou 1 ponto percentual, de 27,2% em outubro para 28,2% em novembro, chegando ao patamar mais elevado desde março do ano passado, quando o índice foi de 28,4% ao ano. As empresas também pagaram mais de um mês para outro, de 16,5% para 17,8%.
O Comitê de Política Monetária do BC (Copom) aumentou a taxa basica de juros de 7,75% para 9,25% no início deste mês. Foi a sétima alta consecutiva da Selic, cujo ciclo começou em abril deste ano. O grande temor da autoridade monetária é o crescimento da inflação, que já alcança dois dígitos, enquanto a meta oficial é de 3,75%, com tolerância de 1,5 ponto para cima ou para baixo.
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Com o encarecimento do crédito, a taxa do cheque especial, que estava em 128,2% ao ano, aumentou para 129,6%, a maior desde setembro deste ano. Os juros do crédito pessoal atingiram 84,4%, o maior nível desde abril, quando a taxa ficou em 88,5%.
Para quem continua recorrendo sistema rotativo no pagamento do cartão de crédito, o custo está ainda maior. A taxa subiu de 343,5% para 346,1% ao ano.
Já o empréstimo consignado, que oferece um risco menor pelo fato de a parcela ser descontada diretamente do salário do servidor, foi de 18,4%, a mais alta desde março do ano passado, quando o índice foi de 18,8%. No caso dos trabalhadores do setor privado, houve um aumento de 32,4% para 32,9% ao ano, o maior percentual desde fevereiro do ano passado (33,9%).
De acordo com o Banco Central, a taxa de inadimplência não sofreu alteração, apesar das taxas elevadas sobre os empréstimos. O índice se manteve em 3% e 2,3%, para pessoas jurídicas e físicas, respectivamente.