As festas de fim de ano são esperadas por muitas famílias, e alguns recursos financeiros, como 13º salário e férias podem proporcionar um momento ainda mais festivo. Entretanto, é preciso conciliar a organização de festas, compra de presentes e férias com as despesas que sempre surgem nessa época, principalmente com os impostos que chegam logo no início do ano novo.
Sem contar as despesas de dezembro, os meses de janeiro, fevereiro e março preocupam muita gente com as contas inevitáveis. IPTU, IPVA, matrícula em escolas e material escolar dos filhos são algumas delas. Portanto, é preciso pensar nesse futuro próximo e evitar surpresas desagradáveis.
Quanto antes se programar para esses gastos, melhor. Para o especialista em finanças José Passos da Silva Neto, criador da comunidade Papo de Holder, é de extrema importância poupar nem que seja 5% da renda todos os meses. “O ideal é construir uma reserva financeira para imprevistos e não precisar recorrer a empréstimos ou cheque especial”, alerta.
De acordo com uma pesquisa da Câmara Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do instituto Offer Wise Pesquisas, 32% dos trabalhadores pretendem utilizar o 13º salário para comprar presentes, e 21% querem gastar nas comemorações de Natal e Ano Novo. Enquanto isso, o percentual de famílias brasileiras com dívidas chegou a 74,6% em outubro deste ano, maior patamar da série da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).
Leia Também
Na análise de José Passos da Silva Neto, a principal dificuldade desses brasileiros está em manter um orçamento bem definido e equilibrado. “A maioria das pessoas não consegue poupar e ter uma reserva para imprevistos”.
O especialista acredita que a principal dificuldade está em ter um orçamento bem definido e equilibrado. Para isso, é necessário um planejamento financeiro com antecedência, que vise acertar as dívidas e que possibilite um consumo consciente.
Para os brasileiros que estão procurando fazer algum tipo de investimento para sair do vermelho e ter retorno econômico considerável, o criador do Papo de Holder destaca que a principal dica para quem está começando é entender que o processo é lento.
“Investimento começa com capacidade de poupar e, primeiro, recomendamos pensar em preservação de capital e não em multiplicação. Todos os dias vemos casos de pessoas que caem em esquemas de pirâmides financeiras que prometem retornos absurdos, fora da realidade de mercado. Isso não existe. Investimento é com foco no longo prazo, na aposentadoria, por exemplo”.