O presidente Jair Bolsonaro negou ter recebido informação privilegiada por parte da Petrobras. A explicação se deu após a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abrir processo administrativo para apurar se houve algum tipo de vazamento
envolvendo futura divulgação de preços dos combustíveis. Isso porque Bolsonaro assegurou que o preço dos combustíveis cairia em breve.
"Precisa ter bola de cristal para saber que tem que diminuir o preço da gasolina, caindo o (petróleo) Brent? Caiu acho que US$ 10. Eu falei isso aí, pronto: ‘informação privilegiada’", disse a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada nesta segunda-feira (6).
Ontem, a estatal negou em nota que esteja em vias de reduzir o preço dos combustíveis.
"A Petrobras, em relação às notícias veiculadas na mídia a respeito de expectativa de novos reajustes nos preços de combustíveis, esclarece que ajustes de preços de produtos são realizados no curso normal de seus negócios e seguem as suas políticas comerciais vigentes", informou.
Devido à variante Ômicron do novo coronavírus e ao temos de novos fechamentos da economia mundial, o petróleo Brent caiu da casa dos US$ 80 (R$ 455, pela cotação atual) por barril no fim de novembro e hoje oscila em torno dos US$ 70 (R$ 397) por barril.
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Só em 2021 a gasolina nas refinarias já subiu 74%, enquanto o diesel acumula 65% de alta no período.
A Petrobras tem dado dor de cabeça a Bolsonaro, mas o mercado também sofre com preocupações relacionadas à possíveis intervenções estatais nos preços da companhia às vésperas das eleições.