A taxa de desemprego ficou em 12,6% no trimestre encerrado em setembro, uma queda em relação aos 14,2% registrados em junho, que serve de base de comparação. Ainda assim, há 13,5 milhões de pessoas em busca de uma vaga, segundo dados divulgados na manhã desta terça-feira pelo IBGE.
"No terceiro trimestre, houve um processo significativo de crescimento da ocupação, permitindo, inclusive, a redução da população desocupada, que busca trabalho, como também da própria população que estava fora da força de trabalho [contingente daqueles que não estão ocupados nem buscando emprego]", diz a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.
Apesar da reabertura econômica impulsionar o avanço da população ocupada, a expectativa dos economistas para os próximos meses é de desaceleração da geração de vagas de trabalho.
Isso porque a combinação de inflação de dois dígitos, juros elevados e riscos políticos impactam a atividade econômica, o que dificulta o otimismo dos empresários no que se refere à contratação de profissionais, apesar do período de festas no fim de ano incentivar a contratação temporária.
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Com isso, analistas projetam desaceleração da atividade econômica para 2022 e um recuo menor da taxa de desemprego.
Pesquisa reponderada
Nesta terça-feira, o IBGE divulgou a reponderação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). Agora os resultados Contínua incorporam metodologia que ajusta os pesos das informações conforme idade e sexo dos informantes.
O objetivo da calibração é mitigar possíveis impactos de viés de cobertura, dado que a coleta de dados referente ao mercado de trabalho passou a ser feita por telefone no ano passado por conta da pandemia de Covid-19.