Na véspera da votação da proposta de emenda Constitucional (PEC) dos Precatórios na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, prevista para esta terça-feira (30), o governo vive um dilema: quer angariar mais votos ao projeto, porém sem se comprometer, em troca, a apoiar um novo programa de refinanciamento de dívida (Refis)
A PEC, que altera as regras do pagamento das condenações judiciais da União — adiando cerca de metade dos R$ 89,1 bilhões originalmente previstos para 2022 — e revisa o teto dos gastos, ampliando o espaço fiscal em R$ 106 bilhões no orçamento do próximo ano, fundamental para que o governo eleve o benefício do Auxílio Brasil dos atuais R$ 220 mensais para R$ 400 mensais.
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Parte dos senadores quer, em troca do apoio à PEC, que os deputados aprovem a proposta do Refis. O projeto, de autoria do presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já foi aprovado pelos senadores. O projeto do Refis está parado na Câmara desde agosto.
O projeto relatado na Câmara pelo deputado André Fufuca (PP-MA), prevê o parcelamento de débitos de empresas que faturam acima de R$ 4,8 milhões em até 145 meses, com perdão de juros e multas de até 90%.
Segundo estimativas da equipe econômica, a proposta terá impacto entre R$ 60 bilhões e R$ 70 bilhões na receita da União. Integrantes do Ministério da Economia são contrários ao projeto, devido a esta redução nas contas públicas.