Carlos Lupi
Reprodução: iG Minas Gerais
Carlos Lupi

Os presidentes do PDT e do PSB, Carlos Lupi e Carlos Siqueira, respectivamente, pediram para os parlamentares das siglas que votaram com o governo a favor da PEC dos Precatórios no 1º turno revertam a posição na sessão desta terça-feira (9) na Câmara dos Deputados. 

Siqueira enviou uma carta aos deputados, mas o PSB, que conta com os atuais líderes da Oposição e da Minoria na Câmara, Alessandro Molon (RJ) e Marcelo Freixo (RJ), respectivamente, está dividido quanto a questão. Em 1º turno, foram 10 dos 31 parlamentares da legenda favoráveis ao texto.

Na carta, o partido diz ser "totalmente contrário à PEC dos Precatórios, seja pela injustiça que promove contra milhões de brasileiros, seja por seus objetivos políticos implícitos".

Para o líder do PSB, o discurso que o governo traça ao tentar vincular a PEC à responsabilidade social e o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 400 até dezembro de 2022 é falso.

"Note-se que os beneficiários da manobra orçamentária compreendem o próprio governo federal na disputa majoritária que enfrentará e seus apoiadores no parlamento, com destaque para o centrão", diz o documento.

PDT

Já Lupi, do PDT, publicou vídeo nas redes sociais do partido pedindo a rejeição da "super pedalada". "Um verdadeiro cheque em branco para o Bolsonaro. Parte da bancada querendo diminuir o impacto disso por achar importante os recursos da educação achou que era conveniente votar a favor", disse. "É um absurdo dar um cheque em branco para esse profeta da ignorância", completou.

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Lupi garante ter conseguido reverter todos os votos, no entanto, quatro deputados manterão a posição por estarem de saída do partido. Marlon Santos (RS), Flávio Nogueira (PI), Alex Santana (BA) – todos em processos de expulsão e que permanecem no PDT por conta de liminares da Justiça – e Subtenente Gonzaga (MG), que anunciou que está de saída para outro partido.

Governo garante aprovação

No 1º turno, a PEC passou com 312 votos, ou seja, uma margem de 4 votos. Com a reversão dos votos dos partidos de oposição, a proposta seria amplamente rejeitada, mas o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, segue confiante na aprovação. 

"Reportei a ele as condições da votação. Temos parlamentares chegando ainda em Brasília, agora, nesse horário, então devemos iniciar a votação em seguida. Temos uma boa perspectiva de aprovar a PEC com mais votos do que foi no primeiro turno. Esse é o prognóstico dos líderes da base do governo", disse. 

Entre os ausentes estão deputados que participaram da Conferência do Clima, a COP 26, e até parlamentar que foi solto pela Justiça, como Daniel Silveira, que deve sofrer pressão do governo para apoiar a proposta. 

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