Papéis da empresa dispararam com possibilidade de privatização
Reprodução: iG Minas Gerais
Papéis da empresa dispararam com possibilidade de privatização

Um dia depois do presidente Jair Bolsonaro anunciar que a privatização da Petrobras  "entrou no radar" do governo, a empresa enviou comunicado ao mercado informando que questionou o Ministério da Economia sobre a existência, ou não, do plano de desestatização. 

"Petrobras, em relação às notícias veiculadas na mídia a respeito de estudos feitos pelo governo para vender ações da Petrobras e perder a maioria do controle acionário da Companhia, informa que indagou o seu acionista controlador, por meio do Ministério da Economia (ME), sobre a existência ou não de tais estudos ou de qualquer outro fato relevante que deva ser divulgado ao mercado sobre o tema, nos termos da Resolução CVM 44/2021. A Petrobras informará ao mercado sobre eventuais fatos relevantes que venham a ser indicados por seu acionista controlador", informa a nota.

A ideia mencionada pelo governo é transformar a companhia em "Novo Mercado", um segmento de listagem da B3, a Bolsa brasileira, para a negociação de ações de emissão de empresas que se comprometem voluntariamente a adotar práticas de governança corporativa além das exigidas por lei. 

"Não tem decisão tomada. Existem estudos a respeito. Primeiro precisamos avançar com os Correios", disse o líder do governo, Fernando Bezerra, à agência Reuters. "E depois avaliar a possibilidade de se construir uma proposta para a Petrobras com conceitos próprios", completou. 

A possibilidade de venda da empresa animou o mercado que respondeu com uma  valorização de mais de 6% nos papéis da petroleira. O Ibovespa encerrou em alta de 2,28%.

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No domingo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, já havia mencionado a vontade de "fazer do veneno a vacina". 

"A própria Petrobras é um veneno que pode virar a vacina, cada vez que o petróleo sobe ela tem um resultado melhor. Se nós levarmos ao novo mercado, como no caso da Eltrobras, vocês não tenham dúvida, problemas como crise hídrica, são culpa do monopólio estatal", defendeu.

"Vamos transformar esse veneno numa vacina. É igual soro antiofídico. Você pega o veneno da cobra... Houve muita roubalheira, o preço não para de subir, não tem competição no setor, ora, só o BNDES tem uma fortuna em ações, se nós formos para o Novo Mercado, criamos entre R$ 100 e R$ 50 bilhões de riqueza", completou dizendo que o recurso obtido seria destinado à programas sociais.


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