O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (25) que não é "malvadão" e que não quer "aumentar o preço de nada". Bolsonaro tem sido pressionado pelo aumento da inflação, especialmente dos combustíveis, mas tem colocado a responsabilidade no cenário econômico mundial.
"Alguns me criticam, o preço do combustível, o preço do gás. Eu não sou malvadão, eu não quero aumentar o preço de nada. Mas não posso interferir no mercado", disse Bolsonaro, em entrevista à rádio Caçula FM, do Mato Grosso do Sul.
Em outro momento da entrevista, o presidente afirmou que haveria um reajuste no combustível — o que foi confirmado horas depois pela Petrobras —, mas que ele gostaria que isso não ocorresse
"Vem reajuste de combustível? Vem. Não estou querendo, gostaria que não viesse. Mas como eu disse agora há pouco, (é só) ver o preço do petróleo lá fora, do barril, e ver como está o dólar aqui dentro. Quando se fala em aumento de combustível, isso é uma correia de transmissão para a inflação, tudo sobe."
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Bolsonaro disse que é uma "realidade" e que "o mundo todo está sofrendo".
"Agora, eu não sou malvado, eu não quero aumento de combustível, mas é uma realidade. O mundo todo está sofrendo com a economia neste, espero, pós-pandemia", completou o presidente, que ventilou ainda a possibilidade de privatização da Petrobras na entrevista.