Cerca de 60% dos caminhoneiros se colocaram a favor da paralisação da categoria em novembro e 54% prometeram paralisar os serviços. Os dados foram apurados em uma pesquisa feita pela Fretebras divulgados nesta segunda-feira (25).
De acordo com a pesquisa, 59% apóiam a greve contra o aumento do diesel, sendo a maioria do Nordeste (61%). As regiões Norte (56%) e Sudeste (55%) também possuem maioria para participar da greve. O Centro-Oeste, no entanto, reprova a paralisação. Cerca de 55% disseram que não irão aderir à greve.
A pesquisa ouviu 2.023 caminhoneiros cadastrados na plataforma de fretes. Os questionamentos foram feitos no último dia 21 de outubro.
Greve dos caminhoneiros
Caminhoneiros autônomos prometem entrar a partir de 1° de novembro para protestar conta o aumento dos combustíveis e direito à aposentadoria especial. A greve conta com apoio de associações ligadas à categoria.
A expectativa é que a paralisação dure cerca de 15 dias e se concentre no Porto de Santos, mas também atinja outros estados e estradas pelo Brasil . Os caminhoneiros se revoltam com o preço do diesel, que não para de subir, a política de preços da Petrobras - pautada pelos reajustes internacionais do petróleo - e a tabela do frete.
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O presidente Jair Bolsonaro chegou a anunciar na última semana um 'Auxílio Diesel' de R$ 400, para cerca de 750 mil caminhoneiros, até o final de 2022. No entanto, a bolsa é vista como insuficiente e incapaz de desmobilizar a categoria, que diz que, com o atual valor do diesel, R$ 400 é muito pouco.
"Caminhoneiro não faz nada com R$ 400, com diesel na média de R$ 4,80. Os R$ 400 propostos pelo presidente não atendem as demandas dos caminhoneiros. Manteremos nossas demandas e greve em 1º de novembro", afirmou o organizador da paralisação de 2018, Wallace Landim, popularmente conhecido como Chorão.
A reunião entre membros do Palácio do Planalto e caminhoneiros, marcada para quinta-feira (28), foi cancelada. A secretária de articulação do Planalto justificou a notícia de participação dos ministros no encontro para adiar as negociações.
O deputado federal, Nereu Crispim (PSL-RS), que representa os caminhoneiros no Congresso Nacional, afirmou que o reajuste de 9% no diesel a partir desta terça-feira (26) acaba inflando ainda mais a paralisação da categoria.