Após o início da paralisação dos tanqueiros , caminhoneiros responsáveis pelo transporte de combustíveis, em Minas Gerais, alguns postos da capital, Belo Horizonte, registraram filas na manhã desta sexta-feira (22).
Alguns estabelecimentos estão com estoque zerado, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro). Uma reportagem do jornal Estado de Minas divulgada ontem apurou que um posto, localizado no bairro Santa Efigênia, na região Centro-Sul de BH, já estava sem gasolina e etanol. Não havia previsão de reposição.
Outro, localizado na Rua Bahia, no bairro de Lourdes, estava sem gasolina comum. No momento que a reportagem havia sido publicada, o posto de combustíveis só tinha etanol e gasolina aditivada. Mas segundo um frentista que trabalhava no local, eles também não deveriam durar muito.
Em outros postos que ainda têm combustíveis disponíveis, a movimentação dos motoristas para abastecer seus carros é grande desde quinta-feira. Veja algumas fotos:
Os tanqueiros anunciaram que fariam uma paralisação a partir da meia noite da última quinta-feira (21). Desde então, caminhoneiros de diversas transportadoras fazem protestos em frente às distribuidoras de combustíveis. A categoria pede uma resposta para o aumento dos preços pela Petrobras e reinvidica contra o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) dos combustíveis em Minas Gerais.
A greve já atinge seis estados do país, em sua maioria do Sudeste. Além de Minas Gerais, há paralisações no Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Bahia e Goiás. Para 1º de novembro, está marcada uma greve ainda mais ampla , que deve durar 15 dias. Além da redução do preço do diesel e de uma solução para a questão do ICMS, as reivindicações serão pela "defesa da constitucionalidade do Piso Mínimo de Frete" e pelo retorno da aposentadoria especial após 25 anos de contribuição ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).