O ministro da Economia, Paulo Guedes, cancelou de última hora a participação em um evento na noite desta quinta-feira (21), pouco após secretários de sua equipe anunciarem os pedidos de demissão
, em uma nova debandada na pasta.
Guedes falaria às 19h em evento virtual da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e, até cerca de uma hora antes, o perfil oficial da CBIC confirmava a presença do ministro. Simultaneamente, as quatro saídas no Ministério da Economia - as do secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, foram as mais sentidas - ocorreram e fizeram o ministro se ausentar. O site do ministério, entretanto, não confirma que esse tenha sido o motivo para o desmarque de última hora, que foi oficializado.
Além de Funchal e Bittencourt, a secretária especial adjunta do Tesouro e Orçamento, Gildenora Dantas, e o secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araujo, também pediram exoneração de seus cargos. Todos alegaram razões pessoais, e não há nenhuma menção oficial ao real motivo das saídas, segundo fontes do Palácio do Planalto, que é o plano de Auxílio Brasil de R$ 400 que vai ferir o teto de gastos e gera crise interna e externa, com técnicos da Economia e investidores incomodados.
"Funchal e Bittencourt agradecem ao ministro pela oportunidade de terem contribuído para avanços institucionais importantes e para o processo de consolidação fiscal do país", afirma nota do Ministério da Economia.
Debandada completa
Com as novas saídas nesta quinta, a Economia agora só tem mais um integrante da equipe original, além de Paulo Guedes: Carlos da Costa, secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade. Já são pelo menos 11 baixas de secretários em cargos importantes.