Temer e Doria disseram não ser viável furar o teto de gastos para bancar novo programa social
Alan Santos/PR
Temer e Doria disseram não ser viável furar o teto de gastos para bancar novo programa social

Além de derrubar a Bolsa de Valores e levar a alta do dólar, a proposta do ministro Paulo Guedes de pagar parte do Auxílio Brasil fora do teto de gastos também repercutiu negativamente no cenário político. O ex-presidente Michel Temer (MDB) e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), engrossaram o coro das críticas contra a medida.

Temer demonstrou preocupação com o impacto da decisão para investidores estrangeiros. O teto de gastos foi adotado durante a gestão de emedebista na Presidência da República.

"Porque lá fora as pessoas que tem trilhões de dólares para investir em atividade produtiva em um país onde haja segurança jurídica, eles estão olhando como nos comportamos fiscalmente. Se você derrubar o teto, isso vai ter uma repercussão negativa lá fora", afirmou o ex-presidente.

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Já o governador de São Paulo disse que um economista responsável não pode defender furar teto.

"Furar teto é crime de responsabilidade. Crime de responsabilidade que levou ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Como pode alguém defender a ruptura de teto? Economize o dinheiro. Faça as reformas para ter dinheiro para o auxilio emergencial. Para fazer aquilo que não foi feito em dois anos e meio de governo: proteção aos mais pobres, geração de empregos aos mais vulneráveis", afirma Doria.

"E não furar teto. Sou absolutamente contrário a isso. E duvido que um economista responsável possa defender furar teto. Isso é falta de responsabilidade e é crime", concluiu.

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