Depois da saída de secretários do ministério da Economia no começo da noite desta quinta (21), o presidente Jair Bolsonaro afirmou, em entrevista à CNN, que o ministro Paulo Guedes continua no governo e a prioridade agora é dar continuidade à agenda de reformas no Congresso.
"Defendemos as reformas que estão andando no Congresso Nacional, esse é o objetivo", afirmou Bolsonaro à emissora.
O presidente confirmou à CNN a criação de um "socorro" aos caminhoneiros, o 'auxílio diesel' , anunciado nesta manhã em evento no Nordeste. Segundo ele, o benefício, de cerca de R$ 400, seria importante em um momento de crise, atribuida por ele à pandemia da Covid-19.
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Diante das inseguranças no mercado e no Congresso sobre furar o teto de gastos com o novo Bolsa Família, o Auxílio Brasil, no valor de R$ 400, o presidente voltou a falar que "nada está sendo feito fora do teto de gastos", e reiterou que todos os passos são dados com responsabilidade.
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As demissões no Ministério da Economia, não coincidentemente, se dão após Guedes garantir 'licença para gastar' com o Auxílio Brasil , permitindo romper o teto de gastos públicos.
Os secretários não gostaram da ideia e, vendo o país seguir um rumo entendido como inadequado para a situação fiscal, abandonaram o barco. Da equipe original de Guedes, resta agora apenas Carlos da Costa , secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade, que está na corda bamba e também pode deixar o governo.
Pediram demissão nesta quinta o secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal e o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, além da secretária especial adjunta do Tesouro e Orçamento, Gildenora Dantas, e o secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araujo. Todos alegaram razões pessoais, e o Ministério da Economia não cita em nenhum momento a questão das negociações sobre furar o teto de gastos para pagar o Auxílio Brasil.