Ministros da ala política acreditam que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) precisa “cortar o cordão umbilical” que tem com o ministro da Economia, Paulo Guedes, se quiser se reeleger em 2022. A informação é do colunista do site Metrópoles , Igor Gadelha.
A justificativa é de que, diante dos impactos da pandemia de Covid-19 na economia, é necessário flexibiliar o teto de gastos - regra que limita as despesas do governo - para aumentar investimentos e implementar medidas de forte apelo social, o que Guedes é contra.
Nos bastidores, membros do governo já estariam fazendo até "campanha" para que o atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, seja o escolhido por Bolsonaro para assumir o Ministério da Economia.
No mês passado, em entrevista à revista Veja , o presidente destarcou a possibilidade de demitir Guedes . "Não existe nenhuma vontade minha de demiti-lo. Vamos supor que eu mande embora o Paulo Guedes hoje. Vou colocar quem lá? Teria de colocar alguém da linha contrária à dele, porque senão seria trocar seis por meia dúzia. Ele iria começar a gastar, e a inflação já está na casa dos 9%, o dólar em 5,30 reais", disse Bolsonaro.
"Na economia você tem que ter responsabilidade, o que se pode gastar, respeitando o teto de gastos. Se não fosse a pandemia, estaríamos voando na economia. A inflação atingiu todo mundo, mas a melhor maneira de buscarmos a normalidade e baixar a inflação é o livre mercado", finalizou ele.