Com a proximidade do fim do auxílio emergencial, cuja última parcela será paga este mês, e sem uma solução aprovada para o Auxílio Brasil (que vai substituir o Bolsa Família), integrantes do governo buscam uma saída para turbinar os pagamentos aos beneficiários de programas sociais do governo até o fim de 2022, de olho na campanha eleitoral.
Auxiliares próximos ao presidente Jair Bolsonaro avaliam prorrogar o auxílio emergencial até janeiro de 2023 apenas para beneficiários do Bolsa Família, que representam 14,6 milhões de famílias brasileiras.
A ideia é estipular o pagamento de cerca de R$ 250 mensais de forma cumulativa aos valores que essas pessoas já recebem pelo programa social, por pelo menos um ano.
Faltando apenas 18 dias para o auxílio emergencial chegar ao fim, o ministro da Economia, Paulo Guedes, vem sendo pressionado cada dia mais para prorrogar os pagamentos do programa. Isso porque a solução apresentada por ele, o Auxílio Brasil, segue empacada.
O impasse com as duas fontes de recurso para financiar o Auxílio Brasil continua. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos precatórios e a reforma do Imposto de Renda não avançaram neste mês. Segundo cálculos da pasta da Economia, o espaço no Orçamento seria de R$ 50 bilhões, mas o Palácio do Planalto e lideranças do Centrão querem mais.