Cesta básica em SP pode variar até 180% a depender do mercado
Reprodução/iG Minas Gerais
Cesta básica em SP pode variar até 180% a depender do mercado

Um mesmo produto da cesta básica pode variar de preço até 180%, dependendo da região em que o supermercado se encontra, fazendo o consumidor perder até mesmo a noção de valores, segundo sondagem realizada pelo Sincovaga (Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de São Paulo) com 17 empresas de todas as regiões da capital, na primeira semana de outubro de 2021.

A cesta básica Sincovaga é composta por 16 itens:

  • - 2 unidades - açúcar extrafino União (1kg);
  • - 1 unidade - arroz tipo 1 Camil (5kg);
  • - 1 unidade - achocolatado Toddy 200g;
  • - 2 unidades - biscoito Bauducco recheado chocolate 140g;
  • - 2 unidades - biscoito cream cracker Adria 200g;
  • - 2 unidades - café em pó Pilão 500g;
  • - 5 unidades - extrato de tomate Elefante 140g;
  • - 1 unidade - farofa temperada Yoki 180g;
  • - 2 unidades - farinha de trigo Renata 1kg;
  • - 5 unidades - feijão carioca Kicaldo 1kg;
  • - 2 unidades - fubá Yoki 500g;
  • - 4 unidades - lata de sardinha em conserva em óleo Coqueiro 125g;
  • - 2 unidades - goiabada Predilecta 300g;
  • - 4 unidades - espaguete Renata nº 8 500g;
  • - 1 unidade - óleo de soja Liza 900ml;
  • - 1 unidade - sal refinado Cisne 1kg.

Os supermercados consultados foram: a) na zona leste – Rossi, Nagumo, D’Avó, Estrela Azul e Chama; b) na zona norte – Extra, Ourinhos, Andorinha e Violeta; c) na zona sul – DIA, Ayumi, Pão de Açúcar e Coqueiro; d) na zona oeste – Padrão, Mambo, Carrefour e Recanto.

Dos itens pesquisados, por exemplo, a goiabada Predilecta 300g foi a que apresentou maior variação de preço (183%), de R$ 3,15 a unidade no estabelecimento mais barato, para R$ 8,94 no mais caro. Já o açúcar União (1kg) teve a menor variação (35%), custando de R$ 3,79 a R$ 5,13.

Os dez produtos que tiveram a maior variação de preços, entre o estabelecimento mais barato e o mais caro, foram:

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  • - Goiabada Predilecta 300g (183,8% de variação);
  • - Fubá Yoki 500g (112,3%);
  • - Sal refinado Cisne 1kg (94,6%);
  • - Farofa temperada Yoki 180g (79,7%);
  • - Extrato de tomate Elefante 140g (78,7%);
  • - Farinha de trigo Renata 1kg (70,7%);
  • - Arroz tipo 1 Camil (5kg) (65,2%);
  • - Feijão carioca Kicaldo 1kg (63,9%);
  • - Biscoito cream cracker Adria 200g (62,8%);
  • - Lata de sardinha em conserva em óleo Coqueiro 125g (57,6%).

Assim, dependendo do local escolhido, é possível adquirir a cesta de referência inteira por R$ 182,35 no supermercado mais em conta, ante R$ 254,87 no mais caro. Se fosse possível adquirir somente os itens com os melhores preços em cada supermercado consultado, a mesma cesta sairia por R$ 161,62.

Tendências 

O levantamento do Sincovaga-SP também mostra que as mudanças de preço nas gôndolas estão mais velozes e complexas, o que faz o consumidor perder a noção de valores.

“Com a diminuição do poder de compra e a inflação em crescimento, o cliente fica sem a referência de quanto o item custava há poucos dias, já que os aumentos se sucedem com mais frequência. Se a inflação é moderada, conseguimos lembrar dos preços desde a última compra”, exemplifica o presidente do Sincovaga, Alvaro Furtado.

Entretanto, não são apenas os consumidores que sofrem com os aumentos, visto que muitos deles são apenas repassados pelos estabelecimentos. Estes, por sua vez, dependem cada vez mais da negociação e proximidade com seus fornecedores, uma vez que itens básicos, como carne e grãos, sofrem a influência da alta do dólar, dos efeitos da pandemia e da instabilidade econômica e política.

“O preço vai oscilar conforme o dia da compra e será um desafio adicional para o empresário manter-se competitivo. As tabelas estão mudando quase que semanalmente, ao contrário de quando a inflação está estável e controlada”, completa Furtado.

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