A firma de advocacia Leigh Day entrou com uma ação na Justiça do Reino Unido contra a Amazon para que os entregadores possam ser considerados como trabalhadores e recebam salário mínimo, por exemplo, informa a agência Reuters. A compensação coletiva pode chegar a US$ 191 milhões.
Os entregadores da gigante do e-commerce são considerados "parceiros de serviço" da empresa. No Reino Unido, pelo menos 3 mil pessoas trabalham nesse regime para a companhia.
“Os motoristas que entregam para a Amazon têm que trabalhar em turnos fixos e reservar folgas, mas a Amazon afirma que são autônomos”, disse Kate Robinson à Reuters, uma advogada da equipe de empregos.
A Suprema Corte britânica julgou uma ação semelhante contra a Uber, e considerou que os motoristas devem receber de acordo com as leis trabalhistas do país.
Em um comunicado, a Amazon disse: "Estamos empenhados em garantir que esses motoristas sejam compensados de forma justa pelas empresas de entrega com as quais trabalham e sejam tratados com respeito, e isso se reflete no feedback positivo que ouvimos dos motoristas todos os dias."
O salário mínimo no Reino Unido é de £8,91 por hora para maiores de 25 anos. Considerando uma jornada de trabalho de 40 horas semanais, isso equivale a um salário de £18.532,80 por ano (R$ 140 mil).