Cerca de 65 milhões a 75 milhões de pessoas entrarão na faixa de extrema pobreza em 2021, em comparação com projeções pré-pandemia. A estimativa é do relatório trimestral World Economic Outlook, divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta terça-feira (12). Apesar de alto, o número é menor que o previsto em julho, que era de 80 milhões.
"Perspectivas do mercado de trabalho para trabalhadores pouco qualificados e para a juventude continua relativamente sombrias em comparação com outros grupos demográficos, apontando para um aumento da desigualdade e maior vulnerabilidade à queda da renda abaixo dos limiares de pobreza extrema em países nesse grupo", diz o relatório desta terça-feira.
O trecho faz referência a países de baixa renda em desenvolvimento. O FMI reduziu - em comparação a julho - em 0,6 ponto percentual a estimativa de crescimento dessas nações, e afirmou que a lentidão na vacinação contra a Covid-19 é "o principal fator que pesa na recuperação".
O relatório ainda indica que esses países "exigirão cerca de US$ 200 bilhões em gastos para combater a pandemia e US$ 250 bilhões para recuperar os caminhos de convergência em que estavam antes da pandemia".