Cartaz de Guedes na Faria Lima
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Cartaz de Guedes na Faria Lima

Um mês e meio depois do cartaz estampando o ministro da Economia, Paulo Guedes, como "Faria Loser" , ontem à noite manifestantes colocaram um 'lambe-lambe' com o rosto de Guedes em uma nota de US$ 9,55 milhões,  valor que ele mantém no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas. 

Na arte também há a lembrança dos R$ 14 mil obtidos pelo ministro por dia de governo Bolsonaro graças à alta do dólar. Frases como "No tax we trust (Nós confiamos em nenhum imposto) e "Duty Free" (sem dedução) também estampam a nota.

Ao longo da rua também foram colocados rostos do ministro com a fala "Faria Lama". A rua concentra uma parcela do empresariado que apoiou o presidente Jair Bolsonaro confiando no "Posto Ipiranga". 

Segundo a Folha de São Paulo, o mesmo coletivo de designers ativistas responsáveis pelo "Faria Loser" desenhou o lambe-lambe e colou os cartazes.. 

"Primeiro, achamos que Guedes era apenas o Faria Loser, ou seja, o gestor de uma política econômica já fracassada. Mas agora descobrimos que ele mantinha milhões de dólares em paraíso fiscal", disse um dos ativistas à Folha de São Paulo, que prefere não se identificar. "Além de escapar de impostos, Guedes lucrou com a alta do dólar enquanto o país voltava a sofrer com inflação e perda de poder aquisitivo. Daí a lama", completou.


Impeachment? 

Um pedido de  impeachment contra o ministro Paulo Guedes  foi protocolado nesta quinta-feira (7) no Supremo Tribunal Federal (STF) por mais de 200 entidades mobilizadas por meio da Coalizão Direitos Valem Mais.

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Apesar da coincidência de datas, a tentativa do processo de impeachment não está relacionada à offshore que Guedes mantém no Caribe. A justificativa é de que o ministro teria cometido crimes de responsabilidade diante da pandemia da Covid-19.

Substituto? 

O Centrão já está de olho na cadeira de comandante do Ministério da Economia. Após o desgaste do atual ministro Paulo Guedes com a denúncia de sua offshore milionária, caciques do grupo se movimentam para emplacar um substituto.

O "substituto natural" seria Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), mas além de também ter empresa offshore, está com mandato vigente como diretor da autoridade monetária.

Com isso, o nome principal para assumir o comando da economia nacional é o de Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal. O nome já estaria sendo ventilado entre integrantes do mercado, informa o colunista Igor Gadelha. 



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