Os sócios da VTCLog, empresa que manteve contratos de logística com o Ministério da Saúde, Raimundo Nonato Brasil e Andreia Lima, devem passar à condição de investigados na CPI da Pandemia
após pedido do vice-presidente, Randolfe Rodrigues.
“Ocorreu uma mentira nesta comissão”, afirmou Randolfe. Os sócios haviam negado a manutenção de contas no exterior, mas a investigação "Pandora Papers" revelou a existência da "Cacatua Holding Limited" com patrimônio de US$ 50 mil e estimaram faturamento bruto de US$ 100 mil ao longo do primeiro ano de funcionamento.
A offshore está no nome de Carlos Alberto de Sá e Teresa Cristina Reis de Sá e é sediada no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas.
Na sua criação, a Cacatua informa que a offshore realizaria pagamentos no Brasil, nos Estados Unidos e no Reino Unido. A origem dos recursos seria a poupança pessoal dos sócios e dividendos recebidos das empresas que possuem.
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Na CPI da Covid-19, já foram ouvidos dois funcionários da empresa, Raimundo Nonato Brasil que depôs na CPI da Pandemia nessa terça-feira (5) e um motoboy empregado pela companhia testemunhou na comissão acusado de pagar boletos de até R$ 400 mil para políticos. A empresa começou a operar com o governo federal enquanto o líder do governo, Ricardo Barros, ocupava a pasta da Saúde.
Procurados pelo Metrópoles, os sócios da VTCLog alegaram que a empresa está declarada na Receita Federal.