Salário de R$ 27.369,67 de ex-servidor do Banco Central era torrado em empréstimos pela companheira acusada de maus-tratos
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Salário de R$ 27.369,67 de ex-servidor do Banco Central era torrado em empréstimos pela companheira acusada de maus-tratos

Acusada de maus-tratos, lesão corporal e cárcere privado cometidos contra o próprio companheiro - um servidor aposentado do Banco Central (BC)  - Maruzia das Graças Brum Rodrigues, de 53 anos, gastava o salário da vítima com vários empréstimos, com pagamentos que iriam até o ano de 2030, pelo menos. As informações foram divulgadas pelo site Metrópoles nesta quarta-feira (29).

Após conseguir a curatela do padrasto na Justiça, uma das filhas de Maruzia, Mayana Brum, fez um pente-fino nas contas dele. O levantamento, feito com base nos vencimentos recebidos, apontou que o salário de Eduardo Nunes Rodrigues, de 49 anos, no Banco Central, era de R$ 27.369,67. A maior parte desse dinheiro, no entanto, está comprometida com uma série de empréstimos. Um deles, inclusive, é no valor de R$ 270 mil.

“Não fazemos ideia do que Maruzia fez com todo esse dinheiro conseguido por meio de empréstimos. Para se ter noção, como os cartões de crédito dela também estão em débito automático, a aposentadoria do meu padrasto fica em torno de R$ 5 mil”, afirmou Mayana em entrevista ao Metrópoles.

Os vencimentos do ex-analista do BC também serviam para pagar uma “pensão alimentícia” à Mariuza no valor de R$ 11,9 mil - mesmo quando o casal ainda morava junto. Para a curadora de Rodrigues, esse pagamento é irregular e, por isso, ela e os irmãos vão entrar na Justiça para que ele seja revisto e, se possível, suspenso. 

Entenda o caso

Mesmo com o salário superior a R$ 27 mil, Eduardo Nunes Rodrigues pedia esmolas em frente ao BC. Preocupados com a situação, os colegas de trabalho do ex-servidor ligaram para uma de suas enteadas para entender o que estava acontecendo.

Foi aí que os filhos de Maruzia das Graças Brum Rodrigues resolveram esperar o momento em que a mãe estaria passando por procedimentos de cirurgia plástica em um hospital no Distrito Federal, para tentar visitar o padrasto e descobrir em que condições ele vivia. Ao chegar na casa do casal, eles encontraram o homem grogue e prostado.

O caso veio à tona após uma viatura da Polícia Militar e uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) serem acionadas para socorrer o aposentado. Na delegacia, as testemunhas contaram que a acusada dopava, agredia e obrigava o companheiro a tomar medicamentos usados para castração química. A vítima chegou a até mesmo levar uma facada no braço. A motivação da mulher seria controlar a aposentadoria de Rodrigues.

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