Obama defende taxar grandes fortunas:
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Obama defende taxar grandes fortunas: "Nós podemos pagar, inclusive eu"

O ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama afirmou em entrevista nesta segunda-feira (27) que defende o projeto de aumentar taxas para pessoas ricas do país para financiar projetos em diversos setores da economia.

O democrata participou do programa "Good Morning America", da "ABC News", e foi questionado pelo jornalista Robin Roberts sobre as discussões que estão ocorrendo no Congresso sobre um plano de cerca de U$S 3,5 trilhões de investimentos em 10 anos propostos pela gestão de Joe Biden.

A falta de acordo entre os democratas nas conversas políticas fez com que os debates fossem atrasados e há preocupações de uma ala do partido de Obama e Biden de que haverá um aumento muito grande de taxas para os mais ricos e para as empresas que têm grandes lucros. Essa também é uma questão para os republicanos no assunto.

"Eu acho que eles podem pagar. Nós podemos pagar. Inclusive eu, que estou nessa categoria agora. Será pago pedindo aos norte-americanos mais ricos, que se beneficiaram incrivelmente nas últimas décadas - e que, mesmo no meio de uma pandemia, viram sua riqueza e seus ativos aumentarem enormemente - que paguem uns pontos percentuais a mais de taxas para garantir que tenhamos uma economia justa para todos", disse Obama.

"Acho que qualquer pessoa que tente fingir que é difícil que bilionários paguem um pouco a mais em impostos para que uma mãe solteira tenha apoio financeiro para deixar o filho na creche ou para garantir que nossas comunidades não sejam destruídas por incêndios ou enchentes e que estamos fazendo algo sobre as mudanças climáticas para a próxima geração... você sabe, esse argumento é insustentável", destacou.

O plano trilionário prevê o que Biden chama de proteção à "infraestrutura humana" com investimentos nas áreas de saúde, cuidado com as crianças e nas escolas, acesso gratuito às instituições de ensino, reparos e construção de infraestrutura viária, sistemas renováveis de fornecimento de energia e combate às mudanças climáticas. Todos esses temas são considerados fundamentais para a agenda dos democratas.

O debate sobre a aprovação do plano deve ocorrer ainda nesta semana, segundo prevê a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi. No entanto, há ainda debates sobre o teto de gastos do país, que deve ser atingindo em 18 de outubro e, se não for aumentado, pode colocar os Estados Unidos em default.

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