O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, vem demonstrando insatisfação com o preço dos combustíveis. Neste mês, ele convocou o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna para depor na Casa
sobre a alta nos preços, mas não gostou das respostas
. Hoje (28), voltou a se pronunciar:
"A Câmara dos Deputados está fazendo seu dever de casa para o país retomar a economia respeitando os limites fiscais e sendo responsável em todas as suas sinalizações para o mercado. Mesmo assim, o dólar persiste num patamar alto. Junto com a valorização do barril de petróleo, a pressão no preço dos combustíveis é insustentável", publicou numa rede social.
Em evento ao vivo realizada pela Necton Investimentos no dia 16 de setembro, Lira defendeu que a Petrobras distribua os ganhos com a população.
Segundo ele, O diretor da Petrobras Cláudio Mastella estuda "com carinho" a questão e "é bem pago para buscar outras soluções que não o simples repasse frequente".
O presidente da Câmara também anunciou outra convocação dos líderes partidários para debater o problema.
"Amanhã, vamos colocar alternativas em discussão no Colégio de Líderes. O fato é que o Brasil não pode tolerar gasolina a quase R$ 7 e o gás a R$ 120", finalizou.
O presidente Jair Bolsonaro e o general Silva e Luna defendem que a estatal faz o seu papel e transferem a responsabilidade para Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de estados.
Os governadores rebatem. Vinte mandatários assinaram uma carta cobrando "verdade" do governo federal para solucionar o problema dos combustíveis.
"Os governadores dos entes federados brasileiros signatários vêm a público esclarecer que, nos últimos 12 meses, o preço da gasolina registrou um aumento superior a 40%, embora nenhum estado tenha aumentado o ICMS incidente sobre os combustíveis ao longo desse período", afirmam no documento