A Uber vai oferecer planos de aposentadoria para os motoristas no Reino Unido. A ação acontece após uma decisão da Suprema Corte britânica, que determinou que a empresa deveria classificar mais de 70 mil profissionais como trabalhadores, com direito a salário mínimo, férias e pensão. Anteriormente, a companhia os classificava como "autônomos independentes".
Nesta sexta-feira (24), a Uber anunciou que contribuirá com 3% da renda dos motoristas do aplicativos para um fundo de aposentadoria. Os trabalhadores também poderão escolher contribuir com até 5% dos ganhos.
Além disso, os profissionais ainda receberão pagamentos retroativos desde o dia 1º de maio de 2017 ou então desde a data de sua primeira viagem, caso tenham se inscrito mais recentemente. Os entregadores do UberEats - plataforma de entrega de alimentos e refeições da empresa - não estão incluídos no acordo.
O GMB, sindicato que representa os motoristas da Uber no Reino Unido acredita que o acordo seja "um grande passo na direção certa" e defende que outros serviços de transporte por aplicativo sigam o exemplo da empresa.
O Órgão Regulador dos Fundos de Pensão britânico (TPR na sigla em inglês) também pediu a todos os empregadores da chamada "gig economy" (economia gigante, na tradução live) que inscrevam seus funcionários em planos de pensão e disse que vai fiscalizar aqueles que não fizessem isso "voluntária e prontamente".