O presidente Jair Bolsonaro discursou na Assembleia Geral das Nações Unidas nesta terça-feira (21) e além de defender o 'tratamento precoce', ineficaz contra a Covid-19, e dizer que não há desmatamento na Amazônia
, afirmou que o governo pagou "um auxílio emergencial de 800 dólares para 68 milhões de pessoas em 2020".
No ano passado, as parcelas do auxílio foram de R$ 600, pouco mais de US$ 113 dólares na cotação atual. Para as mães solteiras o valor pago entre abril e dezembro foi de R$ 1200, o que totalizaria US$ 223.
"As medidas de isolamento e lockdown deixaram um legado de inflação, em especial dos gêneros alimentícios, no mundo todo. No Brasil, para atender aqueles mais humildes, obrigados a ficar em casa por decisão de governadores e prefeitos e que perderam sua renda, concedemos um auxílio emergencial de 800 dólares para 68 milhões de pessoas em 2020", disse Bolsonaro na ONU.
Segundo dados do balanço da Caixa Econômica Federal, o governo pagou R$ 293,1 bilhões de auxílio a quase 68 milhões de pessoas em 2020. Na média, cada informal recebeu R$ 4,3 mil, o que daria US$ 813.
Os valores levam em conta todos os desembolsos realizados até o dia 9 de fevereiro de 2021, quando o auxílio foi interrompido. De acordo com a Caixa, o auxílio "foi a maior ação de transferência de renda já realizada no Brasil".
Nas redes sociais, junto com #BolsonaroMente, #BolsonaroVergonhaDoBrasil e #ONU2021, está "800 DÓLARES" como um dos assuntos mais comentados. Ou seja, para evitar a "contabilidade criativa", bastava que o presidente dissesse que sua conta deu-se no acumulado do ano.
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