O governo de São Paulo lançou nesta quarta-feira (15) o programa Pró-SP, que vai investir R$ 47,5 bilhões em 8 mil obras. Segundo o governador João Doria (PSDB), trata-se do maior programa de obras da história do estado.
Em coletiva de imprensa na tarde desta quarta, Doria e seu vice, Rodrigo Garcia (PSDB), afirmaram que o programa vai gerar 200 mil empregos diretos apenas com a realização dessas obras, que começam ainda em 2021 e se estendem a 2022, ano eleitoral.
O investimento de maior impacto é a retomada da construção da Linha-6 laranja do metrô, com previsão de R$ 15 bilhões. O Pró-SP inclui ainda a construção da Linha-17 do monotrilho e as extensões da Linha-2 verde do metrô e da Linha-9 da CPTM. A despoluição do rio Pinheiros, os Contornos da Rodovia dos Tamoios, o Hospital Pérola Byington e a concessão rodoviária Piracicaba-Pindorama, com 1,37 mil quilômetros de extensão, também integram o programa.
"Pró-SP nasce como o maior conjunto de obras pós-pandemia do Brasil e da América Latina. São 8 mil obras públicas que se somam às oito concessões e parcerias público-privadas (PPP) que realizamos na nossa gestão", disse o governador de São Paulo, acrescentando que o programa gerará oportunidade e emprego no estado.
Candidato tucano à sucessão de Doria, Garcia será o coordenador-geral do Pró-SP. Na coletiva de imprensa, ele disse que o estado fez as reformas necessárias e, agora, recupera a capacidade de investimento.
O secretário de Desenvolvimento Regional e presidente do PSDB paulista, Marcos Vinholi, será o responsável por fazer a ponte com os municípios, liberando a verba das reformas para cada uma das 645 cidades. Além de integrante do governo, Vinholi também é parte da equipe de campanha de Doria nas prévias nacionais do PSDB.
Como antecipou o colunista do jornal O Globo Lauro Jardim, Doria também anunciou a redução do ICMS do setor de bares e restaurantes de São Paulo — cairá de 3,69% para 3,2%. A medida faz parte de um outro programa anunciado também nesta quarta-feira, o chamado Retoma SP, que vai destinar R$ 520 milhões em investimentos para os setores mais afetados durante a pandemia da Covid-19. Além do ICMS, haverá um crédito especial de R$ 100 milhões para empresários que ficaram com o nome sujo por causa da pandemia.