IBGE realiza primeiros testes do Censo 2022 em meio a corte de verbas
Reprodução: ACidade ON
IBGE realiza primeiros testes do Censo 2022 em meio a corte de verbas

Nesta segunda-feira (6), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dá início aos primeiros testes do Censo 2022. A pesquisa deveria ter sido realizada em 2020, mas foi adiada por causa da pandemia de Covid-19. Remarcada para 2021, ela foi novamente suspensa devido a corte de verbas.

Agora, o IBGE realiza os primeiros testes do Censo 2022 na Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro. As equipes do instituto devem visitar o local até o dia 24 de setembro e entrevistar os moradores dos quase 1,3 mil domicílios. O teste vai avaliar os aplicativos e os sistemas desenvolvidos para o Censo 2022, além das três modalidades de coleta de dados: presencial, pela internet e por telefone.

Segundo o instituto, Paquetá foi escolhida para o primeiro teste porque mais de 85% da sua população já recebeu as duas doses da vacina contra a Covid-19. Mesmo assim, recenseadores usarão máscara e protetor facial durante as visitas domiciliares.

Falta verbas

No início deste ano, o Congresso Nacional cortou a maior parte da verba que seria destinada à realização do Censo em 2021 - de R$ 2 bilhões para R$ 71 milhões. Depois, veio mais uma tesourada do governo federal. Desta vez, o valor foi reduzido para cerca de R$ 50 milhões.

Em maio, o STF (Supremo Tribunal Federal), determinou que "o Poder Executivo, em articulação direta com o Congresso Nacional, assegure os créditos orçamentários suficientes para a realização do Censo Demográfico”. 

Para 2022, o Orçamento da União prevê reservar R$ 2 bilhões para o Censo - equivalente ao previsto originalmente pelo Ministério da Economia no Orçamento de 2021. Mas, segundo o IBGE, esse valor fica abaixo do necessário. No último dia 31, o instituto alegou que precisa de R$ 2,3 bilhões para a realização da pesquisa.

O Censo Demográfico é um levantamento dos principais dados sobre a população brasileira. Ele traz informações sobre saúde, educação, acesso a saneamento básico, emprego, renda, entre outros - essenciais para a definição de políticas públicas. O estudo costuma ser realizado de dez em dez anos. O último Censo aconteceu em 2010.


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