Após ameaças, Caixa e Banco do Brasil recuam e desistem da ideia de abandonar a Federação Brasileira dos Bancos, informa o colunista Lauro Jardim.
A insatisfação dos bancos públicos surgiu após a entidade assinar manifesto a favor da democracia intitulado "A Praça dos Três Poderes" assinado por mais de 200 entidades e capitaneado pela Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo).
A decisão vem na esteira do comunicado da Febraban dizendo manter sua posição e que não aceitaria reunir-se com os dirigentes dos bancos estatais .
Como a própria Febraban disse ontem que "o assunto está encerrado e com isso não ficará mais vinculada às decisões da Fiesp, que, sem consultar as demais entidades, resolveu adiar sem data a publicação" do texto, Caixa e BB consideram que a saída seria um enfrentamento desnecessário.
Em nota divulgada na noite desta quinta-feira, a Febraban afirmou que apoio emprestado ao manifesto “A Praça é dos Três Poderes” se deu, desde o início, dentro de um contexto “plurifederativo de entidades representativas do setor produtivo”, com um objetivo único e claro: defender a harmonia do ambiente institucional do país.
“A Febraban considera que o conteúdo do manifesto, aprovado por sua governança própria, foi amplamente divulgado pela mídia do país, cumprindo sua finalidade. A Federação manifesta respeito pela opção do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, que se posicionaram contrariamente à assinatura do manifesto”, afirma a nota.