A Justiça do Trabalho de Minas Gerais condenou um supermercado por danos morais após a empresa obrigar uma das funcionárias a se vestir de palhaça para participar de um culto religioso. Ao recusar, ela foi demitida e entrou na Justiça pedindo a indenização.
Segundo o UOL, a mulher contou ainda que tinha que se fantasiar de palhaça e de caipira em datas festivas, sob pena de sofrer advertência pelo estabelecimento, localizado em Divinópolis (MG).
O desembargador responsável pelo caso, Jorge Berg de Mendonça disse que a empresa impunha "temor psicológico aos empregados", já que, durante o ritual, eram discutidos assuntos relativos às metas empresariais.
Um funcionário da empresa presente no julgamento disse que a prática é comum, e normalmente a fantasia é para "tornar o ambiente mais descontraído".
Além da indenização, o supermercado foi alvo de um ofício enviado ao Ministério Público do Trabalho para eventuais apurações e providências sobre as condições dos trabalhadores do local.