O Banco do Brasil (BB) espera que a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) convoque o mais rápido possível uma reunião com os presidentes e representantes dos bancos filiados para decidir em conjunto se a entidade vai mesmo assinar o manifesto coordenado pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), em defesa da harmonia entre os Poderes, como antecipou o colunista Lauro Jardim.
O encontro poderia ser presencial ou por vídeo conferência, mas que os executivos possam discutir seus pontos de vista e votar novamente, disse uma fonte envolvida nas discussões.
Segundo relatos, a negociação entre a Febraban e os bancos, na semana passada e que resultaram na ameaça dos bancos públicos em se desfilarem da entidade, ocorreu de forma individualizada. A votação sobre a adesão da entidade ao manifesto foi feita por email, embora tenha obedecido os requisitos de governança.
"O assunto está nas mãos da Febraban. Ela tem o poder de convocar ou não outra reunião", disse a fonte.
O presidente do BB, Fausto Ribeiro, enviou carta à Febraban, pedindo esse novo encontro. No documento ele pediu para a ter chance de conversar com outros bancos.
Nessa quarta-feira, Ribeiro esteve em São Paulo, onde se encontrou com o presidente da Febraban, Isaac Sidney.
Considerado de perfil conciliador, Ribeiro tem buscado uma saída honrosa para o impasse com a Febraban. Os bancos públicos estão sendo acusados de sofrer ingerência política por não endossar eventuais críticas ao governo.
O manifesto da Fiesp estava previsto para ser divulgado nesta semana, mas foi adiado para depois do feriado de 07 de setembro a pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). A data tem sido utilizada pelo presidente Jair Bolsonaro como chamariz para protestos.