O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta segunda-feira (30) que entidades como a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) são um "pilar da nossa civilização".
Mourão fez o comentário ao ser perguntado pelo manifesto que está sendo capitaneado pela Fiesp, que deve contar com a assinatura de cerca de cem entidades de classe dos setores financeiro e industrial, pedindo gestos de pacificação entre os Poderes.
"A Febraban, que vai mais a Fiesp aí, que estão liderando esse movimento, são daquelas que eu considero pilar da nossa civilização, são entidades da sociedade civil com representatividade e que consequentemente têm que sempre fazer valer as pessoas que foram eleitas por eles, né, o pensamento deles, as necessidades para que haja uma harmonia maior e, vamos dizer, uma comunhão de esforços e interesses entre aqueles que são encarregador de governar, legislar e o restante da nação", disse Mourão, ao chegar no Palácio do Planalto.
O vice-presidente afirmou que há uma "retórica" dos dois lados e que o tempo vai distensionar a situação:
Você viu?
"Há uma retórica, tal e coisa, daqui para lá, de lá para cá. Nós temos as nossas visões, as nossas propostas, muitas vezes entra em choque com outras visões. Eu vejo que o tempo é o senhor da razão, vai distensionando as coisas".
A Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil ameaçam deixar a Febraban por conta do manifesto, como foi antecipado pelo colunista do jornal O Globo Lauro Jardim.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o manifesto não deve sair nesta semana. Lira relatou ter conversado com Paulo Skaf, presidente da Fiesp e um dos principais idealizadores do documento, e que ficou combinado aguardar até o feriado do Sete de Setembro.