A arrecadação federal voltou a bater recorde no mês de julho. De acordo com dados da Receita Federal, divulgados nesta quarta-feira, a arrecadação de impostos e contribuições federais no mês somou R$ 171,270 bilhões, um avanço de 35,47% em relação ao mesmo mês do ano anterior, já descontada a inflação.
A Receita Federal destacou que esse é o melhor desempenho arrecadatório desde 2000, tanto para o mês de julho, quanto para o período acumulado dos sete primeiros meses do ano. De janeiro a julho, o total de impostos e contribuições recolhidos ao Fisco foi de R$ 1,053 trilhão, montante 26,11% acima do registrado no mesmo período de 2020.
Segundo a Receita, esse resultado é explicado, principalmente, pelos fatores não recorrentes, com destaque para os cerca de R$ 24 bilhões do IRPJ e CSLL nos sete primeiros meses do ano.
No primeiro semestre, o resultado já havia sido robusto – e recorde: a arrecadação bateu R$ 881,99 bilhões, um avanço de 24,49% em relação ao mesmo período ano anterior, já descontada a inflação.
Esses aumentos sucessivos do nível de arrecadação são o principal argumento do governo para promover a reforma tributária. O ministro da Economia Paulo Guedes, costuma afirmar que os aumentos de arrecadação se transformarão em redução de impostos e que esse patamar já alcançado não irá recuar. A proposta de alteração das regras do Imposto de Renda (IR) foi feita partindo dessa premissa.
No início desta semana, Guedes chegou a antecipar que o total de receitas, no mês passado, "explodiu". Em to de comemoração, o ministro reconheceu que há mais inflação, mas salientou que, em compensação, "tem mais arrecadação também".