A Ável Investimentos, empresa ligada à corretora XP Investimentos, foi processada por entidades civis que representam movimentos negros, feministas e de defesa dos direitos humanos. A ação alega que a equipe da start-up não tem diversidade e pede R$ 10 milhões por dano social e moral coletivo, além de cobrar que a empresa adote medidas para solucionar o problema.
A Ável, que se intitula como "o maior escritório de assessoria digital da XP", tem sede em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul e sofreu a ação após divulgar foto do corpo técnico com mais de cem pessoas, em sua maioria jovens brancos. No site da empresa, apena 8% da equipe de 111 funcionários é mulher.
Além do motivo que ensejou o processo, a foto também sofreu críticas pela aglomeração e uso indevido da máscara em meio à pandemia de Covid-19.
Veja:
A ação contra a XP foi protocolada na 25ª Vara do Trabalho de Porto de Alegre. Assinam o documento o Centro Santo Dias de Direitos Humanos e as ONGs Educafro e Visibilidade Feminina, informa o UOL.
Segundo as entidades, os R$ 10 milhões serão destinados ao FDD (Fundo de Defesa de Direitos Difusos), vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e à Secretaria Nacional do Consumidor.
Procurada pelo UOL, a XP não comentou o caso. "A inclusão de pessoas negras na companhia e rede de parceiros é uma questão fundamental" e disse que tem metas internas para "aumentar a contratação, em todos os cargos, de pessoas negras, mulheres, LGBTQIA+ e PCDs", disse em comunicado.