O vice-presidente, Hamilton Mourão, se posicionou a favor da criação de uma estatal para entrega de cartas e telégrafos e privatizar apenas a parte logística dos Correios. A declaração foi dada na quarta-feira (11), em entrevista à Riacho FM, de Pernambuco.
“Entendemos que o governo pode perfeitamente abrir essa atividade para as empresas privadas. Existe um vasto interior do Brasil que deverá continuar a ser entendido por uma empresa ligada ao governo”, explicou Mourão.
A privatização dos Correios foi aprovada pela Câmara dos Deputados na última semana e ainda deverá passar por análise do Senado antes de ser entregue para sanção do presidente Jair Bolsonaro. O governo federal tenta venda 100% da empresa para conseguir arrecadar fundos e diminuir a defasagem dos cofres públicos.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES) deverá assumir as negociações da venda da estatal. A expectativa é que a empresa seja privatizada até o fim do primeiro semestre de 2022.
No entanto, partidos de oposição tentam barrar a privatização dos Correios na Justiça e justifica que a venda é inconstitucional. Para evitar problemas, há estudo sendo realizados pelo Ministério da Economia para privatizar apenas a parte logística da estatal. A pasta chefiada por Paulo Guedes ainda prevê a falta de interesse nas empresas concorrentes em entrega de cartas e telégrafos, o que poderá provocar na necessidade de manter um braço da estatal sob o poder do governo federal.