Dados foram divulgados pela Receita Federal nesta quarta-feira
Luciano Rocha
Dados foram divulgados pela Receita Federal nesta quarta-feira

Em 2021, o primeiro semestre foi marcado pelo desempenho robusto e a arrecadação federal registrou resultado positivo. De acordo com a Receita Federal , a arrecadação de impostos e contribuições federais nos primeiros seis meses do ano somou R$ 881,99 bilhões , um avanço de 24,49% em relação ao mesmo período ano anterior, já descontada a inflação. De acordo com o Fisco, é a maior arrecadação para o semestre na série histórica desde 2000.

Para o governo, o bom desempenho da arrecadação demonstra a recuperação da economia do Brasil no pós-pandemia e é isso que vai possibilitar parte da reforma tributária. A proposta de reformulação do Imposto de Renda, que prevê redução das alíquotas do tributo cobrado das empresas e ampliação da faixa de isenção das pessoas físicas, pode reduzir a arrecadação em até R$ 30 bilhões, mas seria compensada pelo bom desempenho que vem sendo registrado em 2021. 

“Vamos pegar uma parte desse aumento de arrecadação e transformar isso numa redução de alíquotas e simplificação de imposto como sempre prometemos”, disse Paulo Guedes.

“Devemos avançar numa reforma tributária mais ousada. Os vetores da reforma são muitos claros. Vamos tributar lucros e dividendos que não pagam imposto há mais de 25 anos. Foram isentos. E uma máquina de privilégios para os super ricos”, completou.

Ele pediu que o Congresso Nacional tenha 'ousadia' na reforma tributária. "Não podemos ter excesso de conservadorismo. Temos compromisso com o empresariado e com o trabalhador brasileiro. Vamos arriscar para o outro lado", completou.

Só no mês de junho, o Fisco arrecadou R$ 137,16 bilhões, um aumento real de 46,77% na comparação com o mesmo mês de 2020, já descontada a inflação. Este é o segundo melhor resultado para o mês, só ficando atrás do registrado em 2011.

De acordo com a Receita, o desempenho do primeiro semestre é explicado por fatores não recorrentes, entre eles os recolhimentos extraordinários de cerca de R$ 20 bilhões do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). No mesmo período do ano anterior esses recolhimentos somaram R$ 2,8 bilhões. Em 2020, medidas como o adiamento do pagamento de impostos foram adotadas como forma de mitigar os efeitos da pandemia da Covid-19.

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