Em documento enviado à CPI da Covid no Senado, a Secretaria de Política Econômica (SPE) informou que a equipe do ministro Paulo Guedes acreditavam em 'imunidade de rebanho' mesmo sem ouvir o Ministério da Saúde . As informações foram prestadas após pedido do vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (REDE-AP).
Os senadores devem apurar as falas do secretário políticas econômicas, Adolfo Sachsida, que afirmou em 2020 acreditar na 'imunidade de rebanho' e via 'baixa probabilidade de segunda onda' da doença, mesmo com avisos da Organização Mundial da Saúde sobre aumento de casos. Sachsida depois se desculpou e disse que o assunto não é de sua área.
A CPI, agora, abrange suas investigações e quer saber se a retomada do auxílio emergencial em 2021 foi prejudicada pelo achismo da equipe econômica. O benefício emergencial se encerrou em dezembro de 2020 e os pagamentos retomados em abril.
O benefício foi prorrogado por mais três meses, ou seja, até outubro. No entanto, a equipe de Paulo Guedes prevê possibilidade de nova renovação até dezembro.
Caso não haja mais uma prorrogação, o governo federal deverá implementar o novo Bolsa Família, com parcelas médias de R$ 280 e maior número de beneficiários. A medida ainda é discutida internamente entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional, mas a proposta deve ser entregue até o fim de agosto à Câmara dos Deputados. O presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), espera aprovar o projeto até outubro.