Nesta quarta-feira (23), o deputado Luis Claudio Miranda (DEM-DF) revelou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi avisado por ele e pelo servidor da Saúde, Luis Ricardo Miranda, seu irmão, a respeito de irregularidades no contrato de compra de vacinas da Covaxin por parte do Ministério da Saúde. Segundo a jornalista Adriana Fernandes, do Estadão, ele foi definido como relator da reforma tributária em acordo político para eleger Arthur Lira à presidência da Câmara.
O conchavo visava a aprovação da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), fusão do PIS e da Cofins foi proposta pelo Executivo para criar o novo tributo com alíquota de 12% com possibilidade de deduções de gastos com insumo consumidos ao longo da cadeia. Agora, após a denúncia feita pelo deputado, não se sabe como ficará o acordo.
A tentativa de Lira era de incluir o imposto e as mudanças no Imposto de Renda numa mesma votação e aprová-los em conjunto. Para isso precisaria do DEM, partido de Miranda, que agora parece ter rompido com o governo.
A Câmara e o governo demonstram perda de entusiasmo com reforma administrativa, que congela salários de servidores e promete acabar com a estabilidade, em ano de prévias eleitorais. Com isso, o foco se volta para a reforma tributária. No entanto, após o ocorrido, o texto deixou de ter relator.