Funcionários da Eletrobras entraram em greve nesta terça-feira (15) contra a privatização da estatal e o descumprimento do acordo coletivo de trabalho. Os empregados temem que a venda da empresa para a iniciativa privada provoque demissões em massa .
Segundo o Sindicato dos Urbanitários, responsável pela manifestação, 70% dos trabalhadores da Eletrobras aderiram à greve que deve durar 72 horas.
A privatização da Eletrobras foi sugerida pelo governo federal em dezembro do ano passado, mas o projeto foi entregue ao Congresso Nacional em fevereiro. Tratado como prioridade na agenda econômica, o texto foi aprovado pela Câmara em maio e será discutido pelo Senado nesta quarta-feira (16) . No entanto, o projeto deve voltar para análise de deputados antes de ser entregue para a sanção do presidente Jair Bolsonaro.
Os congressistas tentam agilizar a aprovação definitiva da matéria e fecharam acordo para tratar o tema como prioridade. O prazo final para sanção da medida provisória é 22 de junho, caso contrário a proposta perderá a validade.
Demissões em massa
De acordo com os organizadores da paralisação, cerca de mil funcionários foram demitidos desde o início das discussões de privatização da Eletrobras . A preocupação dos trabalhadores é que o fim da influência política na empresa provoque mais uma onda de demissões e reduza os direitos de funcionários de autarquias do governo federal.
“Até o presidente da empresa já declarou nesta semana que vão ter novas demissões em breve”, disse o sindicato ao Metrópoles .