A recuperação da economia no primeiro trimestre resistiu aos efeitos do fim do auxílio emergencial e ao aumento de casos de Covid-19 no país, de acordo com o boletim regional do Banco Central (BC) divulgada nesta quinta-feira (27).
No documento trimestral que avalia o comportamento da economia em todas as regiões do país, o BC avalia que a pandemia teve um impacto menor na atividade econômica no início do ano do que em 2020.
“Em síntese, a evolução da atividade econômica no primeiro trimestre surpreendeu positivamente, apesar dos impactos do fim do auxílio emergencial e do aumento dos casos da Covid-19”, diz o documento.
A avaliação do Banco Central é também positiva no curto prazo por conta da volta de medidas de estímulo, como os novos pagamentos do auxílio emergencial que começaram em abril e as taxas de juros em um patamar ainda baixo. Apesar de estar em trajetória de alta, a Selic está em 3,5% ao ano.
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“A manutenção dos estímulos monetários, mesmo com o processo de normalização parcial, o retorno dos auxílios governamentais e a esperada redução dos novos casos da Covid-19 – inclusive em decorrência da vacinação em curso – devem sustentar a continuidade da recuperação no curto prazo”.
De acordo com o BC, a volta dos pagamentos do auxílio emergencial deve favorecer a recuperação do consumo das famílias, indicador importante para a retomada econômica.
"Informações de vendas com cartão de débito sugerem crescimento generalizado entre regiões e segmentos no período recente. Entre os destaques setoriais estão: material de construção, vestuário e calçados, e cabeleireiros e outros serviços similares".